Livro inspirado pelos Caminhos de Santiago, que faço anualmente de bicicleta com um grupo de amigos, e pela impressionante cerimónia do Botafumeiro na Catedral de Santiago de Compostela.
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Edição portuguesa
Sinopse
Centenas de crentes, turistas e curiosos reúnem-se na Catedral de Compostela para assistir à tradição do bota-fumeiro: o maior turíbulo do mundo, um incensário de prata com 1.60 metros e 60 quilos, lançado num movimento pendular ao longo da nave da Catedral, numa bênção em massa. Mas naquele domingo, em vez de incenso, chove sangue e um alucinogénio que lança o caos sobre a multidão na Catedral. O sangue é de uma acompanhante de luxo que aparece morta, com um símbolo marcado a fogo no braço. No meio do caos, as relíquias de Santiago são roubadas por um motoqueiro sedutor com o mesmo símbolo tatuado no peito.
Tomás e Mayra são um casal improvável de turistas acidentais que se veem presos no turbilhão de eventos em Compostela por uma fotografia que captura o motoqueiro com a arca das relíquias, em fuga. Tomás é um advogado rico, quarentão, solteiro e mulherengo, com um Vermeer no apartamento, cuja mãe nasceu de uma história de amor louco na segunda guerra mundial entre um diplomata alemão em Sintra e uma judia polaca refugiada em Cascais, e o pai (filho de um industrialista do Estado Novo) morreu no ultramar… Mayra é uma cabo-verdiana espirituosa e sensual de 28 anos, repórter fotográfica, com opiniões fortes e ácidas, um passado de excesso de festas, namorados e álcool… e que na adolescência se tornou uma hacker informática genial para se vingar do predador que assediava a mãe no trabalho.
Os dois crimes aparentemente desconexos cruzam-se com uma rede de tráfego de droga e prostituição dominada por Las Bastardas e misturam-se num emaranhado muito maior de política internacional, com espiões russos, chineses, americanos e ingleses na perseguição de uma descoberta científica que pode mudar a geopolítica do petróleo. A investigação leva a equipa a um semáforo amarelo, onde se abrem Todos os Caminhos (do acaso ou do destino)… Qualquer dos caminhos leva a um resultado final imprevisível, que não é em absoluto bom nem mau. A vida é o que é, sem moralismos, indiferente às angústias e vontades dos homens e mulheres que teimam em encontrar-lhe um sentido.